segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tarde injusta


Já tão dizendo que EU carrego a MAUdição (trocadilho infame do Felipe para com a minha pessoa) do pé-frio só porque cobri três jogos pelo Grenalzito e não ganhei nenhum até agora.

ISSO NÃO é verdade.

A verdade é que o time NÃO ganha quando NÃO joga (beleza, às vezes até acontece). Mas o Grêmio não jogou ontem, no Olímpico, contra o Sport, sob meus olhares.

Logo ontem, quando praticamente madruguei no Monumental porque queria sentir todo um domingo de Grêmio. Almocei por ali, na volta, depois tentei me enturmar, apesar da indiada um tanto arredia e fui curtindo, vendo cada detalhe, cada gremistinha linda passeando de manto tricolor, cabelos ao vento, cintilantes como o sol que pairava sobre Porto Alegre.



No Preliminar, o barzão que esquenta a Geral e outros transeuntes tricolores, troquei uma ideia com o sósia oficial do Alex Mineiro. Careca, olhos fundos, fala mansa e mais de 30 anos. Era tão parecido que tentei arrancar a resposta dele, do porque jogara bem em anos anteriores, e há pouco, no Tricolor, não fizera nada.

Ele não sabia me responder exatamente. No fim, admitiu má vontade.

Desejei-lhe sorte e rumei para as arquibancadas inferiores do Olímpico meia-hora depois dos portões abrirem. Entrei esperançoso e confiante. Tinha certeza que o Grêmio não teria dificuldades para golear o Sport.

Só que nos primeiros 5 minutos de jogo deu pra perceber que as coisas não iam bem. Fazia muito calor em Porto Alegre, o sol queimava a grama e a impressão que passavam os jogadores do Grêmio é que todos desejavam estar em seus apartamentos climatizados.

Corriam pouco, davam poucas opções pra quem conduzia a bola. As exceções foram Maxi e Jonas, que buscaram a redonda no jogo todo.

Mário, um dos melhores zagueiros surgidos no Grêmio nos últimos tempos, teve tarde infeliz. Posicionou-se mal, quando teve a chance de avançar não foi, errou na saída de bola e cansou fácil. E por ali o Sport investiu e chegou com perigo.

Em pé na arquibancada, vi a Geral ainda cantante e pulsante, porém minguada. Via a tal Velha Guarda (foto lá em cima), do lado oposto, mais argentina ainda, pequeña, mas copera e alentadora.
E dentro de campo, o time do Grêmio sonolento, desatento, não se importando com os 19 mil pagantes que o rodeava.

Então começaram as vaias, primeiro para Tcheco e Autuori, depois para Autuori e Thiego, no fim para todo o time. Até eu vaiei no final. Achei injusto um time caminhar em campo com tanta gente querendo e pagando para vê-lo correr. Me senti lesado, apesar de ter desfrutado por três vezes a emoção inigualável de comemorar um gol dentro do estádio. A hora tu enxergas a pelota morrendo na rede, o jogador do teu time correndo euforicamente com os braços levantados, o juiz apontando pro centro do gramado, o bandeira correndo naquela direção, a Geral fazendo a avalanche e teu berro saindo da garganta, parece que tu finalmente chegaste no céu.

O brabo é que o empate no fim deixa um gosto azedo e aquele velho sentimento de que a Libertadores do ano que vem será para assistirmos e não jogarmos. Ainda dá pra classificar, mas se os outros times jogam bem e ganham e o Grêmio joga mal e perde, a perspectiva não tem como ser animadora.

Olha que momento. Pena que Tchequito Maestro errou o canto. Ou seria Magrão que teria acertado?

3 comentários:

Felipe Conti disse...

MAUdição na veia!!!

Ou quer que eu lembre os placares dos teus DOIS GRENAIS no OLÍMPICO??? aahhahaha

Colaboradores da Equipe Grenalzito S/A:

Felipe Conti
Pé Frio

Abraço!

Aline disse...

É, a coisa tá feia pro canto de baixo do país. E é pros dois lados...

Gonçalves disse...

Bah se tua tarde foi ontem a nossa foi hoje, na manhã uma certa alegria...mas já de tarde um incerteza do que virá por ae hehehe