sexta-feira, 30 de julho de 2010

GRENAL 382

Vamos às informações e ao palpite do PVC:

INTERNACIONAL x GRÊMIO
Domingo, Beira Rio, 16h

INTERNACIONAL - Problemas - Nenhum , mas vai com time reserva.- Time provável (4-3-1-2) - Renan, Daniel, Ronaldo, Fabiano Eller e Juan; Derlei, Wilson Mathias, Glaydson, Giuliano; Rafael Sóbis e Éverton. Técnico: Celso Roth

GRÊMIO - Problemas - Mário Fernandes (machucado), Fábio Rochemback (machucado), Leandro (machucado), Uendell - Time provável (3-5-2) - Victor, Rafael Marques, Rodrigo e Ozéia; Mahylson, Ferdinando, Adílson, Douglas e Hugo; Jonas e Borges. Técnico: Silas

CURIOSIDADE - Neste ano, três Grenais, com vitória do Inter em Erechim e no Olímpico e vitória do Grêmio no Beira Rio.

PALPITE - Grêmio

ARBITRAGEM - Sálvio Spindola (SP); Émerson Augusto de Carvalho, Marco Antônio Martins.

Daqui 48 horas haverá CLÁSSICO no Gigante. Mas o pensamento já habita o dia 05/08, 21 horas e 50 minutos.

Isso não é desculpa para jogar o embate de sangue doce. Ao contrário, quem adentrar o gramado trajando rubro terá que COMÊ-LO! Razões não faltam para isso: conseguir uma vaga no time titular, impressionar o novo comandante, manter-se no grupo de trabalho, etc... Mas o motivo principal é simples: É GRENAL rapá!

Atitude acertada de jogar com os "reservas". Um clássico tu perde por diversos motivos, mas principalmente porque é um confronto sem favoritos (independe de momento, mando de campo, essas coisas), sempre.

Já uma semifinal de Libertadores, tu perde se não cercar teu time de cuidados e resalvas.

Não estou falando de "detalhes", e sim de XADREZ futebolísitico. Ou seja: um clássico tu vence ou perde no detalhe, no IMPONDERÁVEL, no novato que entra na lista de escalados no último minuto antes do time subir pro gramado e consegue marcar o craque do arquirrival!

Uma semifinal, disputada em 180 minutos, tu ganha na STRATEGY / ESTRATERRÍA / ESTRATÉRRIA, como diz o Capitão Nascimento. São VÁRIOS detalhes, saca? E um deles é mostrar pros teus jogadores, tua torcida e pro adversário, que o jogo DA VIDA é o de quinta, e não o de domingo.

Como o PVC não sabe NADA de bola, o palpite definitivo pr GRENAL é um 0 a 0 encardido. O que pro Roth já será uma vitória!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pau na mesa

"Dá-me la pelota boludo, que yo se o que hacer com ella"!

O Inter mostrou grandeza. Volume de jogo (70% de posse de bola), BOLA, bala na agulha.

O São Paulo mostrou "pequeneza". Retranca, falta de coragem e de iniciativa.

Concordo com Roth (esta frase no Grenalzito com certeza é inédita) quando ele diz na entrevista coletiva que o São Paulo só atuou desta maneira porque o Inter impôs seu jogo. Concordo, mas além disso os paulistas mostraram uma bolinha de chorar.

1 a 0 foi pouco? Ontem não. Pelo ARRODIÃO que o Internacional esfregou na cara do (arremedo de) time de Ricardo Gomes, o cartão de visitas foi dado: para tirar a vaga do Colorado Gaudério, esse São Paulo terá que mostrar um futebol de outro mundo.

E de outro mundo, todos sabem, só criaturas como o PREDADOR (Tinga) e o ALIEN (Guina).

Vamos às notas do primeiro jogo da semi da Líber10:

Renan - Quase não foi exigido, seguro nas saídas do gol e fundamental numa defesa firme, aos 200 minutos de jogo, no único arremate a gol do San Pablo. Mas quase matou a coloradagem num "passe" no primeiro tempo. 7,64

Nei - Tá certo que o nível do elenco colorado é elevado, mas nosso lateral-direito destoa negativamente. Criou boas alternativas pela direita no primeiro tempo (tabelando com o D'Ale), mas segue errando 500 passes por jogo e sendo um asno na marcação. 6,71

Bolívar - Firme. Apesar de levar um amarelo antes dos 10 minutos de jogo (só pra manter a média), comandou um sistema defensivo sólido e o principal, bem postado. E ganhou disputas defensivas pelo alto! 7,97

Índio - Na marcação homem-a-homem, nota 9. Nas disputas pelo alto, 8,5. Quando teve que apostar corrida com os atacantes, nota 4,5. É preciso um sistema de cobertura EUROPEU pelo lado esquerdo da zaga para não haver problemas na quinta. 7,13

Kléber - "A zaga está sendo pressionada na saída de bola, o que fazer? Acha o Kléber que ele arredonda a bagaça". APOSTO que este é o comando do vestiário. Além do índice elevadíssimo de acerto nos passes e cruzamentos, ainda tabela pelo lado e se apresenta pro arremate. Judiaria aquela de direita dele não entrar... 7,99

Sandro - "Taticamente", o melhor na cancha. Anulou Fernandão, individualizando quase todo lance. Fez a cobertura do lado esquerdo da zaga (salvou um lance em que Índio tinha perdido a bola dentro d'área, num pique de 25 metros!), liberou terreno pro Guina jogar e ainda arrematou algumas vezes a gol. 8,53

Guina - SUPRAHUMANO como sempre, Cholo ao que parecia era o encarregado de marcar Hernanes. Como o meia deles não veio jogar, no primeiro tempo ajudou na marcação do Marlos, outra nulidade. Aí no segundo se soltou e apareceu em TODOS os locais do campo, com a lucidez de sempre. Um gigante. 8,28

Andrezinho - É foda, mas o Saci 2010 version nitidamente rende mais com os volantes adversários mais cansados. Quando encontra uma marcação quase individual, como a que Rodrigo Souto fez nele, desaparece do jogo. Tentou, lutou, mas foi o mais fraco tecnicamente do Inter. 6,11

D'Alessandro - Barbarizou durante os 90 minutos. Bobas, janelinhas, cortes secos, lançamentos... fez tudo que se espera dele. E ainda por cima estava CALMO! Sofreu marcação individual do irmão do AlecCone, inclusive levando carrinhos, mas manteve a cabeça no lugar e a bola redondíssima. Melhor atuação do Cabezón no Inter desde aqueles 4 a 1 inesquecíveis no GRENAL. Merecia que aquela falta batida por ele no primeiro tempo entrasse. 8,74

Taison - Uma vez ALGUÉM escreveu aqui neste bloguezito's que o Taison era o mais genuínio exemplo do jogador formado pela base do Inter: ofensivo, agudo, rápido, habilidoso, debochado. E aí o piá desapareceu. E agora reaparece, conduzido pelo cara que xingava ele na beira do gramado em GRENAIS! Futebol não tem sentido, e ele demonstrou, ao humilhar um lado inteiro da zaga tricolor paulista, o ABISMO técnico do jogo de ontem. Só não chega a nota 9 pois poderia ter soltado a bola em alguns momentos. 8,999...

Alecsandro - Fez o trivial. Ou seja, se escondeu dos cruzamentos com rara destreza. Uma desculpa pro nosso "matador" ontem foi a de que a zaga deles estava muito bem postada, e sempre com um jogador na sobra. Aí ele saiu da área para tentar aqueles passes de CALCÂNHA... e ontem deu certo! Sinal de que a fase é realmente maravilhosa. 6,80

Giuliano - É um predestinado. O título da Libertadores, se vier (virá!), passará pelos pés dele. Jogador agudo, daqueles meias que se deslocam do lado pro meio, em diagonal, e sempre "aprontam alguma coisa". Mas preciso admitir: nunca achei que ele seria esse cara fundamental, em quem o time pudesse contar num desses jogos enfumaçados. Calou a minha boca com louvor, ainda bem! 8,62

Sóbis - Só pelo fato de, ao entrar, provocar a lembrança daqueles embates inesquecíveis de 2006 em todos os colorados do mundo, nota 10! E fará um lá no Morumbi, anotem!

Roth e Tinga - A nota do Roth ontem foi alta, um 8,59 (principalmente pelo fato de alterar o time antes do Ricardo Gomes). Mas ele e o Paulo César da Restinga merecem um 10, por mostrarem o seguinte: com as peças que temos, o meio de campo do Inter TEM que jogar em alta velocidade, com alternância de posições e marcação adiantada SEMPRE. Não adianta nada ter uma meia-cancha da ESPANHA no papel e atuar como o... SÃO PAULO!

Jogamos muito, o tempo todo. Atuação de quem está com gana de conquistar algo maior.
Esse é o caminho.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Para não zicar

Post apenas de imagens e legendas.
Dois motivos: nervosismo é MATO; e o Mau inventou de escrever um monte sobre o Grêmio nas últimas duas semanas, olha só o que aconteceu pras bandas de lá!

Não vamos botar pressão no Invisible Moustache (Roth), por favor!

Quando a fase é boa, todo mundo esquece dos COPOS, das FESTAS e dos LEANDROS! Mas sem sacanagem, botaram o Pele Vermelha pra treinar e ele tá muito bem! Tem que durar mais QUATRO JOGOS essa tua fase Índião!

Cholo não está mais sozinho no meio! Agora o ALIEN COLORADO (que ganhou mais funções ofensivas com Roth) tem a companhia do...

PREDADOR DA RESTINGA! O que esse cidadão joga de bola é uma grandeza, um absurdo. Sabe todos os atalhos, sabe proteger, tem passe qualificado, combativo, armador de jogadas, garçom... E ficam enchendo a bola desse tal de XAVI da Espanha... A sorte do espanhol foi que o Tinga não jogou a final do Mundial em 2006!

Tão vendo esses dois locos discutindo? Continue arrastando a BARRA DE ROLAGEM pra baixo...

Pois é! Se o mundo é redondo e dá voltas, imagine o mundo da BOLA!

Fotos retiradas da INTERnet (e do site oficial do Inter).
Vamo Inter! É amanhã! Nada mais importa!

COLORADO COLORADO NADA VAI NOS SEPARAR!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ajude a salvar o Grêmio

Tem nova enquete na área. Ajude a direção tricolor a tomar uma atitude e escolha uma das alternativas ao lado.

Da enquete antiga, sobrou o resultado.

Perguntamos quem levava a taça da Copa do Mundo.

E descobrimos que nossos sábios leitores são uns ASNOS. Só um acertou em cheio, na Argentina, campeã moral.

Veja como ficou:
Alemanha: 3
Argentina: 1
Brasil: 4 (ai que burros!)
Espanha: 1
Holanda: 2
Inglaterra: 1
Itália: 0
Outra (tá de sacanegem, né!): 2

Só com armas de verdade

Meto un balazo em quem primeiro: Silas, Meira ou Duda?

Copiar não é uma das atitudes mais nobres. Mas copiar e dar a fonte, apesar de um tanto maculador, é aceitável.

Desestimulado para escrever devido as atuações LAXANTES do Grêmio em 2010, escuto uma voz sábia e PRUDENTE vinda lá do Impedimento (clica ali e vai lá ver), escrita por Iuri Müller. Segue:

"Para salvar um Grêmio que não adentra o gramado fora de casa e não sabe como vencer o Vitória nem com o minuano mais gelado da década riscando o Olímpico, exige-se bastante. Aceitar que talvez jogadores como Hugo, Douglas, Leandro e Rochemback não subirão de nível é um começo, assim como pensar em um substituto para Silas. Mesmo que beire a revolução, começar um outro grupo – sem a menor grife e a partir do que vem da base – para trabalhar ainda no Brasileirão, mantendo os que costumam se salvar, não deixaria a torcida descontente. Na pior das hipóteses, surgem uns cinco ou seis cumpridores para 2011. Já é mais do que temos hoje."

No aguardo.

sábado, 17 de julho de 2010

A mesma inhaca de antes

Não existe legenda que explique

Até a Jabulani sabe que o que salvou essa Copa do Mundo foi Lari Riquelme. O resto, tudo decepção. Até o Uruguai, franco favorito a levantar a Jules Rimet, amargou uma desastrosa quarta colocação, perdendo na mão grande para Holanda e Alemanha.

Por tudo isso, graças ao bom Dío, o Russão 2010 voltou. Futebol de alta qualidade, gramados congelados, jogadores uniformizados com cerolões por baixo dos calções e palas como verdadeiros mantos sagrados – isso no inverno, claro. Agora, que é verão lá na terra da Raiska, o certame até perde um pouco a graça, mas é melhor que nada.

O Rubin Kazan sim, time de guerreiros! Detonou o limitadíssimo Spartak Moscow dos enganadores Alex e Ibson na retomada nos negócios. 1 a 0, gol do volante Noboa, chute despretencioso, bola desviando na zaga. Triunfo! 3 puntos!

Ao mesmo tempo, aqui nas terras do Zé Carioca, resolveram reativar o Robertão. E, dizem, o Grêmio entrou em campo lá num tal estádio Olímpico, que outrora foi palco de glórias monumentais.

Não mais, amigo. A mediocridade vista – e registrada logo abaixo - em Floripa na Copa da Hora, se repete no campeonato nacional. Decepcionante o empate em 1 a 1 com o Vitória. Precisamos de um gol contra pra não perder. Ridículo!

Não há luz. Passamos 30 dias sedentos de Grêmio para ver um arremedo de time voltar, para assistir uma direção repetir equívocos, um técnico teimar em velhas apostas que não deram certo. O Grêmio pré-Copa, vadio e moribundo, é o mesmo agora, quando deveria ser revigorado, reconstruído, reforçado, robusto, encorpado, possante.

Por que não operaram o Mário na parada da Copa?
Por que o Leandro é titular?
Por que o Grêmio perdeu Eder Luis pro Vasco?
Por que o time não tem brio, sangue?
Por que até o Inter de Celsão vence, fora de casa, e o Grêmio sofre pra empatar em casa com o Vitória?

Veremos se neste domingo, contra o COPIÃO de Prudente, algo melhora

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fica Roth?

"Lá vem esses locos falar mal de mim DE NOVO..."

Das quatro maiores alegrias coloradas nos anos 90, 50% das mesmas estão diretamente ligadas a Celso Juarez Roth, o amigo do Mau. A saber (indo da mais para a menos importante): título da Copa do Brasil de 92; título Gaúcho de 97; GRENAL dos 5 a 2, também em 97; e o primeiro rebaixamento do Grêmio no Brasileirão, em 91.

Aquele ano de milnovecentosenoventaesete ficou marcado na história do Inter como a temporada da ótima campanha na primeira fase do Campeonato Brasileiro (segunda melhor da competição, atrás apenas do posteriormente campeão Vasco), e da decepção na fase decisiva. Este inclusive é o maior estigma da carreira do ex-bigodudo Roth: desempenho irretocável em momentos mornos e entregadas monumentais na hora da verdade.

Mas aqui e agora quem escreve é o torcedor. Foda-se o determinismo histórico e os gélidos e desalmados números e fatos. Lembro de, não sei como, conseguir ver aquela final de Gauchão de 97 ao vivo na tevê. Naquela época lá na “baia” não tinha essas mordomias de NET, SKY (que era DIRECTV na época), nada. Ou era no estádio, ou era na Guaíba com o Haroldo xingando até a mãe do badanha. Mas aí DO NADA abriram o sinal do jogo! Não consigo saber se foi na RBS ou na TVE. De vez em quando, em caso de jogo importante “em casa”, de Inter ou Grêmio, acontecia esse milagre e abriam o sinal da TV Cultura gaudéria. Com uma transmissão muito clássica, como se fosse rádio na televisão! Mas enfim, vimos aquele GRENAL lá em casa, com a gremistada (minha mãe, meu irmão e minha avó) já contando como certa mais uma vitória. Tempos difíceis aqueles... Mas aí o Fabiano Cachaça acertou um chute violento, um tiro na gaveta do algoz Danrlei. Um arremate que continha a raiva de uma torcida castigada.

E fomos campeões. Em cima “deles”, com gol do Cachaça, com Celso Roth de técnico, Arílson era o 10, Gamarra soberano na zaga. Contra aquele Grêmio de Goiano, Arce, Dinho e o cacete a quatro! 1 a 0, sensacional! E fomos de Fusca, eu e meu pai, comemorar no portentoso centro de Canoas.

No domingo do clássico dos 5 a 2 não tive a sorte nem de ir ao estádio (com 11 anos de idade, GRENAL no Olímpico meu pai não me levaria nem se valesse o título definitivo de “quem é MAIS MELHOR, Inter ou Grêmio”) nem de esbarrar com a transmissão do jogo em alguma tevê aberta. Aí fiquei na Guaíba mesmo... Só que conforme foram saindo os gols, a coloradagem foi enlouquecendo, saindo das casas, berrando na rua! Sei que fui parar na casa do meu primo (que tinha NET!) e ninguém acreditava que aquilo pudesse estar acontecendo de verdade! Meter cinco, NO OLÍMPICO, com o Cachaça, o Sandoval e o MARCELO PADEIRO desossando o Grêmio... Era bom demais pra ser verdade! E quem estava na casamata vermelha, eu pergunto para os amigos?

Sim, este mesmo cidadão que assumiu o mesmo cargo em 2010. E que provocou a maior brochada na torcida rubra desde que estávamos esperando uma solução para a lateral-esquerda e apresentaram o EROS PÉREZ, do qual Dom Elias Figueroa era avalista.

Todo esse relato quer dizer o seguinte: eu só acredito um pouco, BEM POUCO, no Celso Roth, quando a tarefa apresenta-se impossível. E ser campeão da Libertadores com o Alecsandro de centroavante se enquadra nesta categoria.

Pula que é gol do Sóbis!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Hora do espanto

Larissita jamais me perdoará

Pior que eu e mais uma meia dúzia de gremistas doentes saíram de casa pra ver a tal Copa da Hora, que rolou em Flops nos últimos dias.

Larguei os últimos 15 minutos do paralisante Larissa Riquelme 0 x 1 Sara Carbonero pra ver Grêmio 3 x 0 Vasco. E não me conformo.

Pra ti ter uma ideia, aos 10 minutos do segundo tempo, quando o Grêmio já enfiava 3 (dois de Jonas e um de Borges), meu tio olhou pra mim, bocejou, e disse: “esse jogo tá chato pra caralho! Vamos tomar mais uma cerveja!” E a lata custava 5 pau!

Pior ainda é chegar em casa, ABRIR A INTERNET, e ver o Silas dizendo, orgulhoso: “Isso é o Grêmio”.

Tchê, se AQUILO que vi é o Grêmio, podem botar suas esperanças na sacola mais próxima e decolar pra 2011. Não vamos a lugar nenhum com aquele futebol de mierda que vi os GUERREIROS tricolores jogarem no sábado à noite.

Entendo que era amistoso. Compreendo que qualquer time, naquela circunstância (3x0 / amistoso / balada depois do jogo), não jogaria a morir. Mas o treinador e a direção exaltar uma apresentação daquelas no dia seguinte é de doer.

Na noite desta segunda, pra fechar, tomamos 3x2 do Avaí e acabamos a tal Copa da Hora na lanterna, atrás do CAPENGA Vasco, do DEBOCHANTE Avaí e do REBAIXADO Coritiba.

Estamos bem! Isso é o Grêmio!

Vamos acordar, minha gente! Tem cara ali que já devia ter voado! Vi um Grêmio morto em campo. Em três jogos, contra esses baita times, tomamos CINCO gols e fizemos cinco. Era pro Grêmio passar por cima, convenhamos.

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A se considerar:
Como a torcida avaiana não foi pra Ressacada no sábado, quando seu time jogou contra o Coxa, gremistas e coxas brancas mandaram no Aderbal Ramos da Rosa.

O estádio, aliás, teve uma reforma interessante recentemente. Os caras puxaram as cadeiras rente ao gramado e meteram um alambrado daqueles de acrílico, estilo Bombonera. Ficou daóra.

Outra: chegar e sair da Ressacada é sempre um PÂNICO. Desta vez, como não tinha torcida, conseguimos ir e voltar sem engarrafamento. Melhor, pudemos comprar ingresso, tomar uma bereja dentro do estádio, entrar, sentar, assistir ao jogo, e vazar, tudo numa boa. Pelo menos deu pra saber como funciona num estádio onde as coisas são feitas com respeito ao torcedor. Não que ali seja, é que as circunstâncias proporcionaram isso.

A Copa da Hora poderia ser legal. A ideia era boa. Mas a torcida não encampou e os times muito menos. Legal foi ver duas torcidas sentadas no mesmo setor do estádio sem conflitos, como os dois guris aí da foto. Irmãos, um gremista (Jonas), outro vascaíno (Jonatas), como os dois que estavam em campo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Finalmente URUGUAI


O Uruguai está numa semifinal de Copa do Mundo depois de 40 longos anos. Quando Asamoah Gyan mandou aquele balaço no travessão de Muslera, aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação, comemorei como se gol do Inter fosse.

Domingo o Inter venceu o Peñarol (outro gigante do futebol que um dia voltará aos holofotes) nas penalidades, num amistoso no país vizinho. E na sexta-feira passada, o mundo voltou a ver o Viejo Uruguay.

Estas linhas que seguem foram publicadas no Tisserand na cabalística data de 11 de Setembro (de 2009). E hoje fazem muito sentido.


De Artigas a Enzo
setembro 11, 2009 por - Tisserand Futebol Clube -

O estádio Centenário, construído de forma hercúlea nos idos da década de 20 para abrigar a primeira Copa do Mundo – 1930 –, receberá uma partida digna do tamanho de sua história. Ainda que em circunstâncias melancólicas.

Uruguai e Argentina decidirão uma vaga direta (ou “repescada”) para o Mundial de 2010. Para tanto, os discípulos d’El Diez necessitam da vitória diante do combalido Peru (perdão pelo involuntário trocadilho) e os comandados de Oscar Tabárez precisam de pelo menos um empate com o Equador, nas nuvens de Quito.

Com esta combinação de resultados (ou algumas outras, levando em conta que nada menos que SEIS seleções disputam TRÊS vagas nas duas últimas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas) o embate do dia 14 de outubro em Montevideo será épico. Não como a final dos Jogos Olímpicos de 1928, na Holanda, ou na própria final do Mundial de 1930, ocasiões em que o Uruguai maravilhou o mundo com seu futebol assombroso para aqueles tempos amadores. E de quebra venceu a rival Argentina. Mas ainda assim este confronto no próximo outubro será épico em sua (dupla) decadência.

Quarta-feira o cimento do Centenário ameaçou ruir, mais uma vez, quando o palmeirense Pablo Armero cruzou da esquerda e o dublê de arqueiro, o botafoguense Castillo, saltou algo entre 2 e 5 centímetros para interceptar um cruzamento. 1 a 1 no placar, Colômbia muito melhor em campo, platenses com um jogador a menos. Era possível sentir a desesperança de um povo pela tela da televisão.

Os 3 a 1 acabaram saindo tão suavemente quanto uma prisão de ventre de sete dias e noites suarentas ao trono. Muito em função da historicamente irresponsável Colômbia, que também ficou com um homem a menos em campo, do que pela qualidade técnica dos colegas do Diego Forlán.

O que fica claro para quem é amante do esporte bretão é que um dia, ninguém imagina quando ou como, o Uruguai voltará a ter uma seleção forte (não apenas no aspecto físico) e campeã. O último esquadrão Charrúa que ergueu uma taça foi o time de Francéscoli e Bengoechea, que bateu o Brasil na final da Copa América de 1995, no Centenário e nos pênaltis. Querer que a Celeste volte aos tempos de glória é uma espécie de desejo romântico de quem já chutou uma bola.

Apesar dos sabidos desmandos na administração das “coisas do futebol” no país vizinho ao Rio Grande do Sul, a justiça está sendo aplicada muito severa e longamente com o pessoal da Banda Oriental. O Inter é um bom exemplo do que tento dizer: teve suas glórias em décadas longínquas, passou por longos anos de inverno espesso, com uma torcida que aprendeu a carregar uma tristeza inerente ao uniforme rubro. Dilapidaram o clube e o nome da instituição, até que um dia a grandeza histórica do gigante ferido veio à tona (culminando em dezembro de 2006).

Isso acontecerá para a Celeste Olímpica, e o povo com ar derrotado daquele pequeno e brioso pedaço do Pampa poderá sentir o que seus antepassados sentiram. Assim como o Botafogo um dia voltará a ser Botafogo.