quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Compañeros

Perdón.

Tenho que vir aqui e me desculpar pela ausência. Na real, nem sei se alguém realmente a sentiu, mas o trampo e as viagens para fazer o curso em POA têm me consumido.

Hoje mesmo, à 1:12 da matina, escrevo, de volta do trabalho, sem sequer ter me banhado.

Só posso avisar que voltarei nesta semana com as impressões da "aula" que tive com Dunga na terça-feira, quando ele falou de Seleção, da base no Inter, do Ronaldinho, do Kaká, Robinho, Josué, Adriano, esquema de jogo, entre outras coisas.

No mais, argumento contra a falta de texto o fato de nem poder ter assistido o GRE-NAL porque estava trabalhando. Grêmio 3 x 1 Avaí, mesma coisa. Trampo, trampo, trampo.

Ainda bem que o Felipe tá guentando as pontas, mesmo que também esteja cheio de trabalho pra fazer.

Mas não me iludo. Sei que o Grêmio não tem força pra chegar na LA10. Assim como o Inter não tem pra ser campeão. O Grêmio é muito REGULAR - ganha em casa e perde fora. E o Inter é IRREGULAR demais - ganha e perde em sequência.

Té a próxima!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Guiñazu de peito aberto, por Alexandre Alliatti

"É iso ae fenômeno!"


Vale muito a pena ler esta entrevista com o capitão Colorado no globoesporte.com

Como foi sua infância em General Cabrera? O contato com a bola foi desde cedo?

- Veja só. Estou sentado aqui e tem uma piscina aquecida para as crianças na nossa frente. Lá fora, tem uma piscina de verão. Lá adiante, tem as quadras de tênis. E eu penso que não tinha isso quando criança para pular de um lugar para outro e não parar de brincar. Tenho que falar isso para meus filhos: “Aproveitem, porque às vezes a vida te dá isso.” Eu chutava bolas feitas com meias para jogar em qualquer espaço: dentro de casa, quando era noite, porque era frio, e minha mãe brigando com a gente, e na garagem, quebrando as coisas de luz e tudo. A bola sempre foi meu único brinquedo.

O torcedor do Inter tem idolatria por você. E costuma brincar dizendo que você não cansa, que não sente dor. Não deve ser bem assim...

- Claro que não. Outro dia, no domingo (depois do Gre-Nal), cheguei, sentei na frente da televisão e dormi, sem me mexer. Sinto muita dor. Acordo e não consigo me mexer. Fico dois, três dias assim. Porque não me importa se é final ou não. Se você jogar tênis comigo, vai suar o dobro. Não importa se vai ganhar de 6-0, mas vai suar. Para mim, sempre é possível virar.

Esse é "fenômeno"! E fará uma falta absurda hoje.

Mas é o dia! O dia para provar que o título, apesar dos pesares, pode ser VERMELHO!

Palpite? VITÓRIA RUBRA, seja como for!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Homem GRENAL

O Cara

Disputou 6 clássicos e venceu 5;
Fez 3 gols e deu 2 assistências;


D'alessandro é o tipo de jogador talhado para estes momentos sanguíneos, como só um GRENAL pode ser. Digam o que disserem do gringo, só pelo que ele fez nos clássicos que jogou, o investimento no seu futebol já teve retorno.

O jogo

Todo mundo vai ler por aí que o jogo foi "pobre" do ponto de vista técnico. Vendo futebol a 17 anos, conto nos dedos das mãos os GRENAIS sensacionais tecnicamente. É sempre um jogo brigado, decidido nos detalhes minúsculos e imprevisível.

Tanto Autuori quanto Mário Sérgio escalaram bem os times, surpreendentemente. Só que o Inter muito mais equilibrado entre ataque e defesa. Mas aí nem é tanta culpa do Cantor de Bolero, já que tinha desfalques no ataque e na ligação.

ADIVINHEEEEE...


Dá pra dizer que o Grêmio teve mais posse de bola por estratégia do Inter. Em função do gol, lógico. Se o Grêmio faz um gol antes dos 5 minutos do primeiro tempo, também congestionaria o meio, entregaria a bola aos volantes e zagueiros do Inter e deixaria o adversário bater cabeça por 85 minutos.

O jogo foi decidido pelos principais expoentes técnicos da dupla: D'ale fuzilou e Victor aceitou.

Os destaques

Colorados: Guina indestrutível; Giuliano aplicado; Índio se supera em GRENAL; Kléber com muita qualidade e lucidez no passe; Taison foi perfeito taticamente (BRAGA, Abel); D'ale, nem precisa dizer.

MONSTRO


Gremistas: Mário Fernandes pode ser um dos melhores zagueiros pela direita do Brasil em alguns anos. Classe e técnica. Está sendo desperdiçado na lateral; Réver tranquilo (LÓPEZ, Maxi); Souza esforçado; Douglas Costa idem a Souza.

Os "nem tão destaques assim":

Colorados: Daniel é tão fraco quanto Danilo Silva; Alecsandro perdeu um gol indesculpável; Mário Sérgio QUASE estragou o time com as mudanças no segundo tempo.

Gremistas: OBRIGADO VICTOR! Honra ao Mérito para HERRERA, um dos atacantes mais toscos do planeta; Paulo Autuori tirou Douglas Costa e deixou os três volantes no meio. Não deu pra entender.

Os números

4 vitórias Coloradas e uma gremista em clássicos em 2009. Depois de quatro 2 a 1, um placar diferente: 1 a 0, mostrando que GRENAL é jogo de poucos gols. Só tem mais quando um jogador destoa do resto, como naqueles 4 a 1 que D'ale acabou com o jogo!

Agora são 378 Jogos na história do clássico, com 142 vitórias do INTER, 117 empates e 119 vitórias do GRÊMIO. Os vermelhos fizeram 540 gols e os azuis 501. Desde 1945 o Inter mantém mais vitórias que o rival no histórico do GRENAL.

Quase espelho
Fotos e fatos retirados de http://internacional.com.br/

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ramu metê eles, tchê!


Semana Grenalzitos vem com as pérolas de Souza e as ponderações de Alecsandro.

Ontem a noite foi de bate-papo com Souza, que mostrou ainda mais irreverência longe dos microfones, e Alecsandro, um cara muito mais comedido, mais centrado, mais profissional, apesar de ter largado umas frases bem legais, tipo:

- Eu não “dibro” nem meu filho em casa, imagina jogador – referindo-se a sua falta de habilidade com a gorduchinha nos pés e ao início da carreira, quando era escalado como meia, principalmente nas categorias de base.

Mesmo que, na maioria da vezes, eles mantiveram um discurso politicamente correto, por vezes mandaram ver nas respostas e explicaram coisas bem interessantes.
Souza, por exemplo, quando disse que trabalhou com dois técnicos de Seleção Brasileira, Leão e Lazzaroni, comentou o seguinte sobre eles:

- São duas desgraças! – depois elogiou Autuori como um dos melhores que já trabalhou.
Alcsandro, entre as coisas mais polêmicas, falou que já atuou em time que se reunia depois da preleção e falava:

- Esquece tudo que o treinador falou e vamos fazer assim...

Ele também lembrou do início, quando ganhava R$ 500 no interior paulista e recebeu uma proposta de 9 mil Euros para jogar na segundona da França. Tinha 17 anos e, chegando lá, descobriu que teria que lavar sua roupa de treino se quisesse ela limpa no outro dia. Ficou três meses e voltou pros 500 pilas.

O camisa 9 do Inter e artilheiro do Brasileirão ainda comentou que pretende ser treinador no futuro e que já é “dono” de 25 jogadores brasileiros junto com seu procurador. Aliás, Alecsandro revelou que paga 10% de seu salário para este tal procurador que, segundo ele, “cuida” de suas coisas, como arrumar apartamento, contratos, negociações, “tudo”.

Quanto aos contratos, Souza vazou que no Grêmio se paga 70% na carteira de trabalho e 30% como “direito de imagem”, enquanto no São Paulo acontece o inverso.

Os empresários, que “nada fazem além de intermediar as negociações” e são diferentes dos procuradores, levam, geralmente, 10% dos valores de uma transferência.

Concentração
Na Europa, alguns times não fazem concentração. Os jogadores chegam de suas casas duas ou três horas antes da partida, se reúnem e vão pro jogo. Questionados sobre isso, Souza e Alecsandro foram enfáticos:

- Não tem como acabar com a concentração – disseram. A referência foi clara: jogador cai na gandaia ou, não dorme cedo, ou come demais, se não estiver trancado e sob os olhares da comissão técnica.

Treino fechado
No Inter, os treinos fechados foram recorrentes neste ano. Num passado recente, Mano Menezes fechava quase todos os dias os portões do Olímpico. Souza disse que “não tem nada a ver fazer treino fechado”. Já Alecsandro justificou:

- É um saco treinar com aquelas menininhas berrando o tempo todo. Não dá pra se concentrar no trabalho. Por isso muitos treinos são fechados.

Sobre o mesmo tema, Alecsandro também disse que tem muito jogador, dirigente e assessor que entrega o que foi feito no treino fechado.

Seleção
Ambos almejam uma vaga na Seleção Brasileira. Alecsandro, pela quantidade de gols no ano (27) colocou-se no patamar de Adriano e Diego Tardelli. Souza pediu para que Dunga olhasse mais para os atletas que atuam no Brasil.
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Frases de Willamis de Souza Silva
- “Ramu” metê eles, hein, tchê! – sobre o que mais escuta nas três semanas que antecedem um GRE-NAL.

- Quando eu parar de jogar futebol vou comprar uma rede. E só. Quero morar em Maceió. Ou Porto Alegre.

- O “se” não entra em campo. “Se” minha mãe fosse homem, eu teria dois pais –velha, mas espirituosa.

**Pra encerrar, leia o diálogo que o Souza teve com seu filho Kevin, de 7 anos, após o jogo de domingo.

- Cheguei depois do jogo contra o Coxa no domingo e meu filho veio me perguntar:
“pai, agora é o GRE-NAL, né?”

É, respondi.

Aí, ele perguntou:

“Vai ser no Olímpico ou no Beira-Rio?”
Beira Rio.

“Baaaah!” – ele me respondeu.... A pressão começa em casa, mesmo.
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E, o "fecha" do post é o QUIZITOS, que o Souza, ao ler, mandou mais uma:

- Eu tiraria zero nesta porra!

1. Em 1950, na primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, quantas cidades foram sede do evento?
a) 10 (RJ, SP, POA, Salvador, Recife, BH, Curitiba, Goiânia, Cuiabá e Manaus
b) 6 (RJ, SP, POA, BH, Recife e Curitiba)
c) 9 (RJ, SP, BH, POA, Floripa, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba)

2. Quais partidas foram jogadas em POA?
a) França 4x2 México e EUA 2x1 Suíça
b) Iuguslávia 4x1 México e Argentina 4x1 Russia
c) Iuguslávia 4x1 México e Suíça 2x1 México

3. Em qual estádio se jogou em POA?
a) Estádio da Baixada
b) Estádio Força e Luz
c) Estádio dos Eucaliptos

4. Qual clube teve a maior média de público na última temporada do futebol europeu?
a) Barcelona (82.306)
b) Real Madrid (76.239)
c) Manchester United (75.304)

Enquete relâmpago

A enquete sugerida pelo perestróiko Sr. Haas perguntava se "Mário Sérgio tem capacidade para fazer o Inter campeão do Br09?"

7 pessoas que crêem no impossível (Abraço Fabio!) responderam SIM.
10 São Tomés cravaram NÃO.

Agora a pergunta é sobre o superclassico da terra de Leonel de Moura Brizola: Quem será o "campeão" do último GRENAL do ano?

Vote consciente.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Grêmio fora do G4, OBVIAMENTE

Se tu não existisse, eu te inventaria!

A vitória diante do Coxa por 2 a 0, no Olímpico, é oportuna para que se diga o que está escrito no título. Dizer isso após uma derrota seria muito oportunismo dos fedorentos.

O Grêmio parece decidido a jogar na banguela, na maciota, com o lema “pra quê se mexer?!”.

Ontem, tudo se repetiu. O time foi insosso, lento, errou passes e parecia desinteressado, à exceção de Maxi López e Túlio. É uma equipe amarrada, não no sentido de jogar junto, mas como uma metáfora de quem está preso, sem saída. Os jogadores andam desligados, perdendo bolas por distração, errando passes curtos.

Victor, não podemos esquecer, foi o melhor em campo pelo Grêmio. Salvou o time de perder por 3 ou 4 a 2. Enquanto Tcheco foi o pior e Maxi e Túlio (pela entrega e bom desempenho de suas funções – um criar chances de gol e/ou fazê-los; outro desarmar e iniciar o jogo), Perea (pelo gol) e Souza (pelo mesmo motivo de Perea) foram os que se salvaram.

E olha que no segundo tempo o Grêmio teve 11 contra 10 durante 37 minutos. Mesmo assim, conseguiu tomar sufoco do Coxa, passando a controlar a partida somente após fazer o segundo gol, aos 37 minutos da etapa complementar. Aí sim, Mário e Lúcio (que está devendo) foram ao fundo, Rochemback teve infiltração, e o Grêmio criou um pouco mais.

Pelo lado do Coxa Branca, tudo está em uma defesa bem postada, tendo Pereirão como xerife, e na velocidade e inteligência da família Paraíba. Carlinhos pouco pôde fazer, mas Marcelinho é algo a se destacar. Sua atuação chama a atenção. É raro vê-lo sob marcação. Está sempre livre, desviando-se. Como diria meu pai, “é mais liso que jundiá ensaboado”. Quando seu time recupera a bola, Marcelinho (um cara velho pra contrato de dois anos, como definiu a direção gremista), sai em disparada como um guri de 20 anos, na diagonal, abrindo a defesa adversária, que fica em dúvida entre marcá-lo ou fechar o espaço para a eventual chegada de outro homem. Simples e eficiente. Só não fez gol porque Victor estava lá ou por “descalibre” de seu pé direito, já que poucas sobraram pra preferida canhota.

Diante da maneira que o Grêmio vem atuando, não acredito na classificação para a Libertadores. Acho muito complicado ganhar o GRE-NAL no Beira-Rio sem Maxi (70% do ataque) e Tcheco (experiência e respeito do adversário). Considero muito difícil um time que chega a 30ª rodada sem NUNCA ter entrado no G4, ser um integrante dele no final do 38º jogo.

Enfim, mais um ano que se vai para o Tricolor. Pelo menos, a parte AZUL do Grenalzito ganhou a primeira in loco.

Tiazinha devidamente uniformizada

Outros pensamentos:
**O melhor do dia é a frase do presidente Duda Kroeff depois do jogo: “Vou fazer o que for possível (para manter Victor em 2010). Ele não sai do Grêmio de jeito nenhum. Pode chegar a proposta mais alta do mundo. Não sai. Só sai se ele me disser que faz questão de sair”, disse.

**Tem um negócio engraçado: escuto o Autuori depois do jogo contra o Coxa e ouço ele dizer tudo que eu também diria se estivesse lá no lugar dele. Mas quando vejo um treino, como na terça-feira passada, só enxergo os jogadores disputando um animado futevôlei. E seu Paulo, enquanto isso, caminhando em volta do gramado.

**Renato Cajá tem o que chamamos de deficiência técnica. É limitadíssimo até que prove o contrário.

**Falta perna a Mário Fernandes. O guri é bom de bola, mas se sobe, não volta. Também pudera, sua função é a zaga e não a lateral. Não foi preparado para isso, mas ainda pode ser. Tem capacidade apurada de marcação e está melhorando os cruzamentos. Se derem gás pro Fugitivo, pode ser um bom lateral-direito, material escasso no mercado.

**A torcida marcou Thiego. Quando os atletas desceram do ônibus no Olímpico, ele foi o único vaiado. Veja o vídeo

**A galera também desanimou com o perde-ganha danado. Ontem, apenas 13 mil foram ao Monumental (a média do Grêmio, antes, era de 19 mil por jogo). E olha que o dia tava animal e o horário de verão já tinha chegado.

Las buchas

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Palpites da Dupla (errando desde Janeiro de 2009)

Marinho, o enigma dos treinos. Porque não ele como ala? Pelo menos deve saber CENTRAR uma bola n'área!


No domingo o Inter enfrenta o combalido Fluminense no Rio de Janeiro.
No mesmo dia o Grêmio recebe o instável Coritiba na capital gaudéria.
Vamos aos palpites furados do Grenalzito:

No primeiro turno o Inter sapecou 4 a 2 no Fluminense, no Gigante, naquela sequência de jogos tomando dois gols em casa (Barueri, São Paulo e Fluminense). Desde lá, e um pouco antes na verdade, a defesa Colorada nunca mais se acertou. Mário, o Sérgio, pretende escalar um time no mínimo ESTRANHO, pra ficar num adjetivo camarada.

Lauro; Índio, Sorondo e Fabiano Eller; Danny Morais, Sandro, Guiñazu, Andrezinho, D'Alessandro e Kleber; Alecsandro.

4 zagueiros, 2 volantes, 2 meias, 1 lateral e 1 atacante. Danny pela direita, Andrezinho como meia / ala pela direita, Kléber como meia / ala pela esquerda... Tá dando preguiça só de tentar entender esse esquema de jogo!

Como o Fluminense é lanterna e vê as rodadas sumirem e o ano chegando ao fim, é bem possível que essa "armadilha" do Inter funcione nos contra-golpes. Mas empilhar zagueiros e volantes e esvaziar o setor de criação no meio de campo é sempre temerário.

Palpite: 1 a 2 Inter, dando mais (falsa) esperança pra nação vermelha.

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Pela banda azul do RS Autuori enfrenta seu pior momento na casamata gremista. Críticas, vaias, desconfiança. Conforme os resultados não aparecem, volta a velha CELEUMA de que falta "pegada" ao estilo de jogo do professor Paulo.

No fundo se os resultados estivessem aparecendo, mesmo que fossem por 1 a 0 jogando pior que o Uruguai contra os comandados d'El D10S, ninguém falaria nada. Cosas del fútbol, compañero (quando se escreve sobre o Grêmio tem que colocar umas palavras em castillo, tá ligado? Eles curtem, sei lá...). No primeiro turno Marcelinho, El Paraíba, fez um golaço no final do primeiro tempo. Acho que o jogo foi 2 a 1 Coritiba, com gol do Ariel pros alviverdes e do Jonas pro Grêmio. Sei que o Coxa ganhou.

Pois Bueno, lá vai o time que vai à CANCHA nesta domingueira:

Victor; Mário Fernandes, Léo, Réver e Lúcio; Túlio, Rochemback, Tcheco e Souza; Perea e Maxi López.

Falso 3-5-2, já que tem um zagueiro pelo lado do campo (Forrest Mário Gump Fernandes) e um volante que também cai por ali (Túlio, longe de ser Maravilha). Não compreendo sacrificar um promissor zagueiro na lateral direita. Quantas assistências ele tem no ano jogando por ali? É inacreditável a dupla Gre-Nal não ter laterais direitos MINIMAMENTE capacitados...
Do meio pra frente é o 2-2 clássico, se Tcheco conseguir atuar como meia, e não como reclamador oficial de arbitragem. E se essa dupla de ataque foi TREINADA durante a semana, pode dar um caldo.

Palpite: 2 a 2, até porque Marcelinho Paraíba vai querer mostrar pra direção gremista que VELHO é a última coisa que ele é.

Um mar azul de volantes e zagueiros. Coitado do Autuori...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Conformismo

Imagem ilustrtiva da BELA partida de sábado


Mais um empate em casa no Brasileirinhas '09. O QUARTO em casa!

Contra um time retrancado, só fazer "pressão" não adianta. É preciso chutar de longe (o Inter não fez), é preciso ter triangulações no ataque (jogadores isolados nos lados do campo), é preciso TREINAR, é preciso ter ALAS para utilizar três zagueiros...

Por jogos como este é que tu notas a ASPIRAÇÃO de um time em um campeonato de pontos corridos. O Inter está contentíssimo em figurar entre os quatro primeiros e assegurar uma vaga na Copa Libertadores.

Mas o INTER da frase acima são os dirigentes, a comissão técnica (?) e alguns jogadores. O VERDADEIRO Inter, a torcida Colorada, esperava este título mais do que tudo. Com esta "lucidez" vista em campo contra o rubro-negro do Paraná, o caneco fica inatingível.

Estatísticas Coloradas no Brasileiro:

29 jogos (51 gols pró / 36 Contra)

14 Vitórias (Corinthians 0 x 1 Inter; Inter 2 x 0 Palmeiras; Goiás 0 x 1 Inter; Inter 2 x 1 Avaí; Inter 3 x 0 Coritiba; Náutico 0 x 2 Inter; Inter 4 x 2 Fluminense; Inter 3 x 2 Barueri; Inter 3 x 0 Sport; Santo André 0 x 2 Inter; Inter 4 x 0 Goiás; Inter 3 x 0 Atlético MG; Avaí 0 x 2 Inter; Inter 3 x 0 Náutico);

6 Empates (Cruzeiro 1 x 1 Inter; Inter 0 x 0 Vitória, Inter 2 x 2 São Paulo; Santos 3 x 3 Inter; Inter 0 x 0 Flamengo; Inter 1 x 1 Atlético-PR);

9 Derrotas (Flamengo 4 x 0 Inter; Atlético-PR 3 x 2 Inter; Grêmio 2 x 1 Inter; Botafogo 3 x 2 Inter; Inter 1 x 2 Corinthians; Palmeiras 2 x 1 Inter; Inter 2 x 3 Cruzeiro; Vitória 2 x 0 Inter; Coritiba 2 x 0 Inter).

Artilheiros:
Alecsandro – 14
Nilmar – 5
D’alessandro – 4
Taison – 4
Andrezinho – 4

Líderes em assistências:
Kléber – 8
Andrezinho – 6
Giuliano – 5

“Era” Mário Sérgio:

2 Jogos (4 gols pró / 2 gol contra);

1 Vitória ( Inter 3 x 1 Náutico);

1 Empate (Inter 1 x 1 Atlético-PR).

Artilheiros:
Alecsandro – 3
D'alessandro – 1

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

3-6-1?

Uma ROLA desse tamanho pra ti Tite!


Quando eu era feliz e não sabia, meu velho tinha uma FITA do Supertramp (K7 mesmo magnata!). Eu achava aquele som doidaço! Só que mesmo com o nome da banda DECALCADO na parte superior da capa da fitinha - uma das capas de disco mais fodas que eu já vi -, toda vez que eu ouvia, achava que era RUSH! Talvez pela voz, sei lá...

Na quarta o Inter jogou com o marginalizado e pisoteado 3-6-1. Juro! Por mais que olhando atentamente as peças estivessem dispostas num 3-5-2 torto, aquilo era todo 3-6-1! Como eu já tinha a experiência do "achava que era Rush mas era Supertramp", Mário Sérgio não me enganou com sua vesguice.

Outra coisa que não engana foi o resultado. 3 a 1 com teu goleiro sendo o melhor em campo é completamente enganoso. D'ale foi o melhor em campo OFICIALMENTE, já que fez de tudo: assistência, lançamento, gol, chamou o jogo, deu carrinho, reclamou, fez o jogo rodar, errou passes (já que a bola esteve sempre no seu pé nas ações ofensivas do time). Um legítimo 10, coisa que com Tite ele não era há tempos... Mas Lauro salvou o que poderia ser um desastre de proporções inimagináveis.

Andrezinho e D'ale eram os "meias que chegam" no esquema do Mário. Kléber jogou como meia a maior parte do tempo, com Danilo fechando o setor quase como um segundo volante. Glaydson foi incrivelmente bem e Guina jogou mais solto ofensivamente (tanto que a assistência pro primeiro gol foi dele). A zaga foi a coisa mal posicionada de sempre... Ah, e Alecsandro fez dois, mas perdeu uns 5! Não adianta, é do tipo de centroavante que nunca vai me convencer.

"Vê se tu não me passa do meio campo!"


Mesmo com tudo isso, o ÂNIMO da gurizada foi outro! A correria, a disposição, a antiburocracia! Não é nenhum exagero dizer que o Inter pode ganhar os próximos três jogos. Senão vejamos: Atlético-PR em casa amanhã; O lanterna Fluminense no Maracanã; e o clássico no Gigante! Três jogos plenamente ganháveis, tendo em vista que em clássico qualquer coisa pode acontecer (inclusive nada).

Mas com 3-6-1 tudo se complica. Treina esse time Mário Sérgio!

Estatísticas Coloradas no Brasileiro:
28 jogos (50 gols pró / 35 Contra)

14 Vitórias (Corinthians 0 x 1 Inter; Inter 2 x 0 Palmeiras; Goiás 0 x 1 Inter; Inter 2 x 1 Avaí; Inter 3 x 0 Coritiba; Náutico 0 x 2 Inter; Inter 4 x 2 Fluminense; Inter 3 x 2 Barueri; Inter 3 x 0 Sport; Santo André 0 x 2 Inter; Inter 4 x 0 Goiás; Inter 3 x 0 Atlético MG; Avaí 0 x 2 Inter; Inter 3 x 0 Náutico);

5 Empates (Cruzeiro 1 x 1 Inter; Inter 0 x 0 Vitória, Inter 2 x 2 São Paulo; Santos 3 x 3 Inter; Inter 0 x 0 Flamengo);

9 Derrotas (Flamengo 4 x 0 Inter; Atlético-PR 3 x 2 Inter; Grêmio 2 x 1 Inter; Botafogo 3 x 2 Inter; Inter 1 x 2 Corinthians; Palmeiras 2 x 1 Inter; Inter 2 x 3 Cruzeiro; Vitória 2 x 0 Inter; Coritiba 2 x 0 Inter).

Gols:
Alecsandro – 13
Nilmar – 5
D’alessandro – 4
Taison – 4
Andrezinho – 4
Bolaños – 3
Giuliano – 3
Sorondo – 2
Edu – 2
Magrão – 2
Danny Morais – 1
Talles Cunha – 1
Leandrão – 1
Sandro – 1
Marquinhos – 1
Guiñazú – 1
Kléber – 1
Fabiano Eller – 1

Assistências:
Kléber – 8
Andrezinho – 6
Giuliano – 5
Taison – 2
Alecsandro – 2
Guiñazú – 2
D’alessandro – 2
Marcelo Cordeiro – 1
Magrão – 1
Marquinhos – 1
Edu – 1
Danilo Silva – 1
Índio – 1



PS.: Dos 8 primeiros colocados do Brasileirão, só o INTER venceu nesta rodada! Que coisa heinhô?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sexo na cabeça

Sei que a nova enquete postada aí ao lado não é lá tão original. Mas é que tava caindo de madura, não tive como não fazê-la.

Lembrando que tem um QUIZ no post abaixo, aproveito este textículo para dar o resultado final da enquete passada, que perguntava sobre seu tempo e seus pensamentos diários.

Com 50% (13 votos) ganhou o SEXO como assunto principal na cabeça de nossos sagrados leitores. O FUTEBOL, tema principal do Grenalzito, ficou apenas em 3º lugar, com 19% dos votos. Em 2º ficou o DINHEIRO, com 23%.

ESTUDO e TRABALHO tiveram apenas 1 voto cada. Eita nóis!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

QUIZitos

Thiago e Nando Gross. O reitor e o coordenador, respectivamente

Vocês já devem saber que o Grenalzito tá me pagando um curso sobre futebol, negócios do futebol e jornalismo esportivo em Porto Alegre. Por isso, e só por isso, rolaram duas coberturas in loco nas duas últimas semanas.

O curso é na Perestroika, escola mucho loca na tal rua Furriel não sei das quantas, perto do entroncamento entre Nilo Peçanha e Carlos Gomes, pertíssimo da onde a ex-primeira dama morava, onde passei dias memoráveis, um lugar bonito, arborizado, num bairro nobre, que cheira bem, especial. Ao menos pra mim e que nem interessa pra vocês, mas vou deixar aí, registrado.

Porém, cabrón, o que vale mesmo é que nas duas primeiras aulas foram feitos QUIZes. Eu acertei 7 na primeira e 5 na segunda. Somando, fiquei na média da universidade que cursei. To passando. Mas tenho que melhorar.

E aí pensei: por que não lançar o QUIZ da Perestroika no Grenalzito? Queria que tu, freqüentador desta bagaça, desse teus chutes. Mas vamos nos combinar, não vale pesquisar no Google ou em qualquer outro lugar. Tem que ser chute de primeira, fechado? Se não, nem responda.

Aí vai um misto das duas primeiras "provas":

1 – Quem foi o artilheiro da Copa de 2002?
a) Ronaldo (Brasil)
b) Zidane (França)
c) Klose (Alemanha)

2 – A Copa do Mundo de Futebol Feminino começou a ser disputada em 1991. Desde lá é realizada de 4 em 4 anos e sua última edição foi em 2007, na China. Qual país saiu vencedor?
a) Brasil
b) Estados Unidos
c) Alemanha

3 – Cite dois patrocinadores da Fifa:
a) Nike e Pepsi
b) Adidas e Coca Cola
c) Mastercard e GM

4 – Na Copa de 70 um jogador marcou gol em todas as partidas. Quem foi?
a) Pelé
b) Tostão
c) Jairzinho

5 – Quantas são as regras do futebol?
a) 17
b) 15
c) 19

6 – Quem era o capitão da Seleção Brasileira campeã em 1958?
a) Belini
b) Nilton Santos
c) Mauro

7 – A primeira Copa do Mundo, em 1930, teve a participação de apenas 13 países. Quantos e quais europeus estavam presentes?
a) 5 – Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e Iuguslávia
b) 4 – Bélgica, França, Romêmia e Iuguslávia
c) 6 – Alemanha, Itália, Bulgária, Holanda, Inglaterra e França

É ilso!

Deu pra ti, Tite

De pala vermelho, com 44 pontos e em 5º lugar, Duca Leindecker.
De pala azul, com 40 pontos e em 7º lugar, Humberto Gessinger.


De domingo pra hoje muitas coisas aconteceram na Padre Cacique. Na segunda-feira pela manhã Tite não era mais o treinador colorado. Festa, alegria nos corações vermelhos, lágrimas podiam ser vistas nos olhos de cada torcedor esperançoso em dias melhores! Mas a sensação de euforia era a mesma na ocasião do impeachment do Caçador de Marajás: tá, e agora, quem entra?

Na segunda de tarde a notícia quase bizarra: Mário Sérgio, o vesgo, campeão brasileiro invicto de 79 pelo Inter como jogador e treinador de currículo apenas mediano, era efetivado no cargo de comandante da casamata vermelha! Até dezembro deste 2009, com o objetivo de movimentar o vestiário e o futebol do Inter. Para 2010 o "planejamento" é trazer Vanderlei, O Luxemburgo.
É difícil cobrar coerência no atual momento da direção do Inter, mas se fosse pra apostar num nome como Mário Sérgio, que trouxessem o Carpegiani!

Nosso treinador-tapa-buraco é o último agachado, ao lado do Batista.


Sobre o jogo de domingo:
Num devaneio de pensamento mágico e egocentrismo, achei que o problema do Inter fosse eu! Como no jogo contra o Coritiba no primeiro turno (3 a 0 todos gols do Bolaños!), fui fazer outra coisa da vida.

Neste domingo 4 de outubro estava vendo uns caras lá da terrinha, num show pra relembrar. Vários gaúchos infiltrados na platéia do teatro da Universidade Federal de SC, em Florianópolis, cantaram do início ao fim os sucessos de outrora dos jovens senhores no palco.

Com o clima favorável propiciado pelo momento musical do dia, no caminho de volta o rádio do carro anuncia que... o Inter perdeu mais uma!

Acho que o problema não era eu. Veremos se era apenas o Tite...

Campanha "Titêsca" em 2009:

66 Jogos (139 gols pró / 67 gols contra);

11 Empates (Inter 0 x 0 Santa Cruz; Ypiranga 0 x 0 Inter; Juventude 3 x 3 Inter; Flamengo 0 x 0 Inter; Cruzeiro 1 x 1 Inter; Inter 0 x 0 Vitória; Inter 2 x 2 Corinthians, Inter 2 x 2 São Paulo; Santos 3 x 3 Inter; Inter 1 x 1 Universidad de Chile; Inter 0 x 0 Flamengo);

16 Derrotas (União Rondonópolis 1 x 0 Inter; Figueirense 3 x 1 Inter; Coritiba 1 x 0 Inter; Corinthians 2 x 0 Inter, Flamengo 4 x 0 Inter; Inter 0 x 1 LDU; LDU 3 x 0 Inter; Atlético-PR 3 x 2 Inter; Grêmio 2 x 1 Inter, Botafogo 3 x 2 Inter; Inter 1 x 2 Corinthians; Palmeiras 2 x 1 Inter; Inter 2 x 3 Cruzeiro; Vitória 2 x 0 Inter; Universidad de Chile 1 x 0 Inter; Coritiba 2 x 0 Inter);

39 Vitórias (São José 1 x 3 Inter; São Luiz 0 x 1 Inter; Inter 4 x 0 Sapucaiense; Inter 4 x 1 Ulbra; Grêmio 1 x 2 Inter; Inter 5 x 1 Caxias; Inter 2 x 1 Ulbra; Inter 2 x 0 Novo Hamburgo; Inter 2 x 1 Grêmio; Inter 2 x 0 União Rondonópolis; Inter 4 x 0 Veranópolis; Brasil de Pelotas 0 x 7 Inter; Inter 1 x 0 Inter-SM; Inter 4 x 1 Novo Hamburgo; Esportivo 2 x 6 Inter; Inter 3 x 0 Avenida; Inter 2 x 1 Grêmio; Guarani 1 x 2 Inter; Inter 4 x 0 Ulbra; Inter 8 x 1 Caxias; Inter 5 x 0 Guarani; Náutico 0 x 3 Inter; Inter 2 x 0 Náutico; Corinthians 0 x 1 Inter; Inter 2 x 1 Flamengo; Inter 2 x 0 Palmeiras; Goiás 0 x 1 Inter; Inter 3 x 1 Coritiba; Inter 2 x 1 Avaí; Inter 3 x 0 Coritiba; Náutico 0 x 2 Inter; Inter 4 x 2 Fluminense; Inter 3 x 2 Barueri; Oita Trinita 1 x 2 Inter; Inter 3 x 0 Sport; Santo André 0 x 2 Inter; Inter 4 x 0 Goiás; Inter 3 x 0 Atlético-MG; Avaí 0 x 2 Inter).

Ps.: Pelo menos agora vai dar pra ouvir as coletivas pós-jogo sem tentar cometer suicídio a cada "equilíbrio" ou "sincronia de movimentos"!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tarde injusta


Já tão dizendo que EU carrego a MAUdição (trocadilho infame do Felipe para com a minha pessoa) do pé-frio só porque cobri três jogos pelo Grenalzito e não ganhei nenhum até agora.

ISSO NÃO é verdade.

A verdade é que o time NÃO ganha quando NÃO joga (beleza, às vezes até acontece). Mas o Grêmio não jogou ontem, no Olímpico, contra o Sport, sob meus olhares.

Logo ontem, quando praticamente madruguei no Monumental porque queria sentir todo um domingo de Grêmio. Almocei por ali, na volta, depois tentei me enturmar, apesar da indiada um tanto arredia e fui curtindo, vendo cada detalhe, cada gremistinha linda passeando de manto tricolor, cabelos ao vento, cintilantes como o sol que pairava sobre Porto Alegre.



No Preliminar, o barzão que esquenta a Geral e outros transeuntes tricolores, troquei uma ideia com o sósia oficial do Alex Mineiro. Careca, olhos fundos, fala mansa e mais de 30 anos. Era tão parecido que tentei arrancar a resposta dele, do porque jogara bem em anos anteriores, e há pouco, no Tricolor, não fizera nada.

Ele não sabia me responder exatamente. No fim, admitiu má vontade.

Desejei-lhe sorte e rumei para as arquibancadas inferiores do Olímpico meia-hora depois dos portões abrirem. Entrei esperançoso e confiante. Tinha certeza que o Grêmio não teria dificuldades para golear o Sport.

Só que nos primeiros 5 minutos de jogo deu pra perceber que as coisas não iam bem. Fazia muito calor em Porto Alegre, o sol queimava a grama e a impressão que passavam os jogadores do Grêmio é que todos desejavam estar em seus apartamentos climatizados.

Corriam pouco, davam poucas opções pra quem conduzia a bola. As exceções foram Maxi e Jonas, que buscaram a redonda no jogo todo.

Mário, um dos melhores zagueiros surgidos no Grêmio nos últimos tempos, teve tarde infeliz. Posicionou-se mal, quando teve a chance de avançar não foi, errou na saída de bola e cansou fácil. E por ali o Sport investiu e chegou com perigo.

Em pé na arquibancada, vi a Geral ainda cantante e pulsante, porém minguada. Via a tal Velha Guarda (foto lá em cima), do lado oposto, mais argentina ainda, pequeña, mas copera e alentadora.
E dentro de campo, o time do Grêmio sonolento, desatento, não se importando com os 19 mil pagantes que o rodeava.

Então começaram as vaias, primeiro para Tcheco e Autuori, depois para Autuori e Thiego, no fim para todo o time. Até eu vaiei no final. Achei injusto um time caminhar em campo com tanta gente querendo e pagando para vê-lo correr. Me senti lesado, apesar de ter desfrutado por três vezes a emoção inigualável de comemorar um gol dentro do estádio. A hora tu enxergas a pelota morrendo na rede, o jogador do teu time correndo euforicamente com os braços levantados, o juiz apontando pro centro do gramado, o bandeira correndo naquela direção, a Geral fazendo a avalanche e teu berro saindo da garganta, parece que tu finalmente chegaste no céu.

O brabo é que o empate no fim deixa um gosto azedo e aquele velho sentimento de que a Libertadores do ano que vem será para assistirmos e não jogarmos. Ainda dá pra classificar, mas se os outros times jogam bem e ganham e o Grêmio joga mal e perde, a perspectiva não tem como ser animadora.

Olha que momento. Pena que Tchequito Maestro errou o canto. Ou seria Magrão que teria acertado?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mortífero

Uma história, porque falar do jogo de ontem é tarefa inglória e pouco divertida.

Mortífero

Ninguém lembrava do primeiro dia em que ele jogou. Mas lembrava do jogo em si. Provavelmente alguém faltou em função da chuva, do frio ou de doença. Ou mentiu que o motivo era um desses três. E aí ele jogou.

Já passavam dois anos (mais que isso? Menos que isso?) daquele primeiro jogo do Matador no nosso futebol de terça-feira. Calcular há quanto tempo os mesmo caras – com algumas desistências ou exclusões – jogavam Futebol 7 naquele mesmo campo é impossível. Mas o Matador definitivamente joga há uns 2 anos. Mais ou menos.

Os jogos são sangrentos, porém amistosos. Não valem nada, a não ser o campeonato da semana, até a próxima terça. Um lapso de vida no meio da rotina cotidiana. Mas não vale nada, pragmatisticamente falando.

16 alucinados estão lá a cada sete dias, dois goleiros fixos, um reserva para cada lado e times escolhidos minutos antes da partida. Total profissionalismo numa pelada semanal envolvendo caras entre 25 e 35 anos.

Mas a idade do Matador ninguém sabe.

Ou o lugar em que trabalha, se tem família, onde mora. As informações reunidas nas conversas pós e pré-batalha são as seguintes: é natural de Minas Gerais, de alguma cidade perto da divisa com a Bahia; Torce pro Atlético Mineiro e seu nome (verdadeiro?) é Valdir. Como veio parar aqui? Ninguém sabe e muito menos perguntou. O máximo que participa das conversas é para falar de futebol, e nunca do nosso. Sempre em voz baixa e grave.

Mas aquele primeiro jogo do Matador foi antológico. Times escolhidos e faltava um combatente no selecionado de colete verde musgo. O dia estava perfeito para uma batalha de terça: chuva fina, grama pesada, o frio do início da noite se avizinhando. E algum infeliz preferiu ficar em casa!

Atrás de uma das goleiras estava Valdir. Com o porte de um Sócrates, mas com a cara de um Stan tupiniquim. Alto, magro e com cara de bandido. Como estava fardado (de outro jogo, talvez?) alguém o convidou para completar o time. Deve ter concordado com um aceno de cabeça. Ninguém lembra destes detalhes. Apenas dos milhares de gols que fez naquele início de noite.

De cabeça, de carrinho, dividindo goleiro, bola e zagueiros ao mesmo tempo. De fora d'área, de voleio... No mínimo seis tentos! Logo no nosso futebol, com minguados placares nos 60 minutos de jogo. Daí surgiu o apelido singelo que colocamos em Valdir.

E assim é há pelo menos dois anos. Mais ou menos dois anos. O time que joga contra o time do Matador pode escolher mais jogadores para jogar atrás. E se deixar no mano a mano, é derrota no nosso campeonato semanal imaginário. Até semana passada tinha sido assim.

Matador faltou no jogo. Pela primeira vez desde sua estréia na chuva.

Na outra terça estava de volta. Barbudo e mais sorumbático que o costumeiro, como se isso fosse possível. E de repente um gaiato resolve fazer uma pergunta pro camisa 9. Ele geralmente não responde nada e coloca um sorriso de encerrar conversas na cara. Mas desta vez respondeu como uma pessoa normal, coisa que Valdir definitivamente não era.

- E aí Matador, deu migué semana passada porra?
- Fui pra minha terra...
- Tua terra?
- Em Minas....
- E foi fazer o que lá meu?
- Jogar bola...
- Sério? E fez gol pelo menos?
- Matei 2.
- De cabeça?
- De tiro mesmo.