terça-feira, 24 de novembro de 2009

Até que enfim!

Nº1?


Pelo menos na última chance o time deu conta do recado! Assim como a parte vermelha do blog acertou seu primeiro palpite no ano! É na hora decisiva que descobrimos quem tem bala na agulha!

A vitória suada de domingo passou por dois pontos muito específicos: marcação e saída de bola. A defesa esteve perfeita, sólida como há sei lá quanto tempo não estava. Bolívar e Índio precisos na temida bola parada por cima; Danilo Silva guardando posição e tentando não comprometer; e Kléber espetacular, o melhor em campo, com lucidez e tranquilidade para desafogar o time pela canhota. O sistema defensivo foi auxiliado pelas ótimas atuações de Sandro, Giuliano e Guina, que trancaram os meias do Galo e ainda conseguiram reter a bola nos momentos mais OSCOS.

Esse lance NÃO terminou em gol!


Mesmo com Alecsandro e Taison errando gols, conseguimos a vitória! Nesse Brasileirinhas 2009 totalmente non sense, mesmo passando várias rodadas em COMA, o Inter ainda pode ser campeão! Mas se o sonho da taça ainda é distante (menos pro Fábio!), a vaga para a Libertadores de 2010 está quase assegurada. Pouco para o elenco montado pelo Colorado, mas ainda assim a confirmação de que o importante mesmo em pontos corridos é cravar teu nome como "time que chega". Estando sempre entre os 5 primeiros, todo ano, tudo pode acontecer! Pouca gente tem notado, mas com a solidificação deste sistema de disputa, vamos caminhar para um campeonato no qual quase todo ano 5 times estarão brigando pelas primeiras posições. Mas isso é assunto pra outro dia...

Comentários aleatórios:

- Celso Juarez, o amigo do Mau, perdeu 5 em 5 partidas pro Inter em 2009! Increíble, como diz o sócio aqui do bolicho!

- Galo e Mengo colocaram um trilhão de pessoas no estádio e decepcionaram suas torcidas...

- Inter tem 59 pontos, Grêmio 52. Faltando duas rodadas, já terminaremos o TORNEIO na frente do co-irmão. Para muitos, isso que importa!

- Sport rebaixado fora... Que jogo PERIGOSO!!! Falando sério mesmo... Todo cuidado é pouco! Seriedade gurizada, por favor!

- Última rodada pode ter 4 times empatados com 62 pontos. É pra matar o vivente!

Família Turfe

Fotos: Site do Inter.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Última chance

OLHA PRA CÁ VESGO

Uma notícia que enche os otimistas de esperança (como se isso não fosse uma puta duma redundância). Via ESPN.com.br, um dos melhores sites de esportes da Sudamerica.

Atlético-MG nunca venceu o Internacional na era dos pontos corridos

Em quinto lugar no Brasileirão, com 56 pontos, o Atlético-MG enfrenta o Internacional, no próximo domingo, no Mineirão, em duelo direto pela vaga no G-4. O time gaúcho tem a mesma pontuação que o adversário, mas está acima na tabela por ter melhor saldo de gols.

Para tomar o lugar do rival, os mineiros terão que quebrar um tabu: até hoje não venceram o Colorado na era dos pontos corridos. Desde que a fórmula foi adotada, em 2003, os dois clubes já se enfrentaram 11 vezes. E o retrospecto é desfavorável ao time mineiro. Foram sete empates e quatro vitórias do Internacional. Nestes duelos, o Atlético marcou 13 gols e sofreu 18.

Em 2003, houve empate por 3 a 3, no Beira Rio e derrota por 2 a 1 em BH. No ano seguinte, o Alvinegro foi goleado por 4 a 1 fora e empatou por 1 a 1 em casa. Em 2005, ano em que o time mineiro caiu para a 2ª divisão, o 1 a 1 se repetiu duas vezes.

Na sua volta à elite, em 2007, mais duas igualdades: 1 a 1 no Sul e 2 a 2 em Minas. Em 2008, o Inter venceu por 1 a 0 com o apoio de sua torcida e segurou o empate por 2 a 2 no Mineirão. O último confronto, realizado no primeiro turno do atual Brasileirão, no Beira Rio, terminou 3 a 0 para os gaúchos.


A única coisa que eu sei é que Atlético-MG e Inter é sempre um baita jogo. É como Inter e Cruzeiro, Inter e Fluminense, Inter e Corinthians...
Tradição contra tradição! Veremos se os jogadores, e principalmente, os DONOS DAS CASAMATAS do Galo e do Colorado serão dignos de tal duelo histórico.

Palpite: 1 a 0 Inter, não sofrendo gols num jogo. (acho que a última vez que isso aconteceu foi no GRENAL em que o Victor deu uma de Sérgio Mallandro - tomou GLUGLU)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Plagiando

Tá quase impossível criar. Então, pra movimentar, vamos copiar.

Leonardo Fleck, do Grêmio Copero, aquele abraço e obrigado!

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Se o valor que o Vidarte publicou no blog dele (taí, no Grenalzito também, logo abaixo) estiver correto, e deve estar, Victor e Réver deveriam ter um reajuste salarial de 100%. Já escrevi aqui que o Víctor deveria ser chamado pelo presidente e ser convencido a permanecer no Grêmio por 10 anos, ao menos, com compensações financeiras óbvias. O Grêmio precisa manter seus emblemas e a torcida ter seus ídolos mantidos pelo maior tempo possível. Também no blog do Vidarte sai a público a informação de que Mário Fernandes e Maxi López serão adquiridos e deverão permanecer no Grêmio. Réver disse que quer ficar ao menos por mais um ano, quer um título. O mesmo diz Tcheco pra quem quiser ouvir. Muita gente torce o nariz pra ele, muita gente gosta dele. Eu sou um dos que está no segundo grupo. Sempre o defendi e sempre o defenderei. É gremista de coração e não me importa que não tenha ganhado nada de expressão com o Grêmio. Não ganhou ainda. É um jogador fundamental nas bolas alçadas, estabiliza o meio de campo, vibra muito. Basta ter a cabeça no lugar.

Em comparação com os demais times brasileiros, estou convicto de que o time do Grêmio é um baita time, estou convicto de que o Grêmio só não está disputando o título porque faltou gremismo ao Grêmio de Autuori. Autuori foi um erro compreensível de avaliação e sua incompreensível manutenção insistente foi o desespero da direção em justificar tanta espera. Autuori fracassou. Autuori passou. 2009 passará. O primeiro jogo pós-ele já motivou a recepção do time no aeroporto. Não foram recepcioná-lo devido ao EMPATE que beneficiou por tabela o SC2006. Não foram recepcioná-lo devido a classificação à Libertadores. Não foram recepcioná-lo para agradecer pela campanha pífia nesse campeonato e nos outros. Foram recepcioná-los, senhores, para demonstrar à todos vocês que estávamos com saudades do Grêmio. Para demostrar à todos vocês, no Grêmio, como queremos que sejam as coisas.

“O Grêmio voltou”, comentaram alguns aqui no blog. Terminou a pasmaceira, a conversa-mole, a lenga-lenga, a ponderação na prática do esporte. Grêmio é loucura, é destemor, é entrega, é combate, são os dizeres estampados nos trapos de arquibancada: “não ao fair play”, “treino é jogo e jogo é guerra”. Grêmio é honra, é jogar pela camiseta, é exigir-se o máximo, ao máximo, é beneficiar o rival, se assim suceder, mas jamais abrir mão dos códigos, do amor próprio. Grêmio é tradição vencedora, combativa, de imposição física. Grêmio é pela força, pela raça, pela entrega, pelo brío. Peço discursos condizentes com essa tradição e com esse estilo de praticar o tal de futebol. É cansativo ouvir desculpas que não tenham esse norte, tentando justificar sem haver entendido que é porque nos afastamos da nossa essência. O problema sempre foi o afastamento da essência. Não à toa sempre pedimos um Grêmio mais Grêmio.

Perdemos, por erro de avaliação e “perfil”, ótimos dois reforços. Gilberto e Marcelinho Paraúcho. Bem, acho que quem avalia é um tanto míope para o tal de futebol e adota discursos por demais pouco refletidos. Se forem os mesmos que avaliaram e insistiram com o técnico, espero, apenas, que não permaneçam avaliando para o ano próximo. Hugo serve, Gilberto não. Curioso. Gosto dos dois, entretanto.

Dos jogadores que estão, Víctor, Réver, Mário, Souza, Maxi, Tcheco, Leo, Adílson, Rockembach (aí eu disordo - gordo, lento, sem vontade), Rafa Marques, Lúcio, Jonas, Douglas Costa. É um belo time e com ótimas opções. Deveriam ser mantidos todos.

Perea, Herrera, Túlio, Thiego, (acrescente o teu) so long, até logo, adiós. Rechear o grupo com a gurizada da base, trazer um xerifão uruguaio de nome Lugano, um 5 blindado e… nada mais. Apostar na base MESMO. Leandro, Borges, Hugo? Ahmm, se dobrarem o salário dos dois referidos no começo do texto sim, se não, que sejam valorizados os que merecem ser e que a gurizada tenha chance.

Que tratem o Grêmio com a grandeza do Grêmio e com devoção à tradição da escola tricolor. Sem invencionismos, sem ideias muito além das fronteiras. Queremos o penta.
"""
Imagem da segunda-feira, 17, cerca de 30º em POA

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Deu no Niuiórquitaimes...

Saiu em tudo que é canto, mas tô pegando do blog do Vidarte:

Salários pagos (em MIL DINHEIROS) na Padre Cacique:

Índio - R$ 220; Dale - R$ 210; Eller - R$ 200; Kléber - R$ 180; Alecsandro - R$ 140; Sorondo - R$ 130; Andrezinho - R$ 90; Marcelo Cordeiro - R$ 70.

Mário Sérgio Pontes de Paiva ganha 150, mas terá um bônus se classificar pra Libertadores de 500 mil reais.

Salários pagos na Azenha:
Souza - R$ 320; Maxi - R$ 300; Rochemback - R$ 240; Túlio, Tcheco e Herrera - R$ 130; Lúcio - R$ 60; Perea - R$ 100; Jonas - R$ 80; Réver - R$ 60; Victor, Léo, Magrão, Cajá, Rafa e Fábio Santos - R$ 50; Grohe, Thiego e Adílson - R$ 35; Douglas, Maílson, Ricardo e Mithyuê - R$ 20; Mário Fernandes - R$ 10; Alessandro e Colaço - R$ 6.

Jogadores que foram dispensados, mas que ganhavam uma grana preta: Alex Mineiro - R$ 200; Orteman - R$ 150; Jadílson - R$ 100 e Joílson - R$ 80.

Paulo Autuori ganhava 300 e a comissão técnica (auxiliar e preparador físico) outros 150 mil reais mensais.

Não se confundam, os traçinhos ali não representam MENOS aquele valor, é só pra separar mesmo...

Bom décimo terceiro pra nós!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

E aí, FIMOSE?

Sempre que ME VEJO DE FRONTE à estas notícias sinto uma espécie de medo, UM FRIO QUE CORRE PELA ESPINHA, se é que tu me entende.

“Sai Autuori e vem Silas, Simplesmente. Ou vem Adilson Batista” – dizem as notícias.

Prefiro o Adilson, que fique claro. Tem ligação com o Grêmio, é venal, um tanto louco até, o que sempre é bom.

Vejo Silas como uma aposta muito maior. Bom treinador, cabeça boa, não deixou-se ludibriar com as propostas que apareceram, fez um baita trabalho no Avaí e poderia pedir a contratação de Marquinhos, o que me agradaria bastante.

Mas Adilson, Capitán America, já esteve na final da Libertadores como treinador e tem alguns anos a mais de Série A. Prefiro que ele venha, repito.

Acho que a direção vai atrás de dois bons técnicos. Qualquer um pode dar certo.

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Só pra constar, outro dia divaguei sobre o findo da temporada 2009. Seguem os pensamentos:

Teve um dia no passado que escrevi sobre a possibilidade de alguém fazer uma tese de doutorado sobre o Grêmio Perde-Ganha 2009.

Que o time é bom, no mínimo nota 7, eu não tenho dúvida. Não fosse, seria incapaz de passar tanto tempo sem perder em casa. Um time ruim, já teria perdido.

Mas então, o que faltou para o Grêmio ser um time nota 8 ou 9 neste Brasileiro?
Primeiro faltou vontade. É inegável que a turma do Autuori vem jogando na marcha lenta há tempos. Mas qual seria a razão pra isso? É o técnico que pede para jogarem assim?

Não acredito. É perigoso para o treinador pedir que seus jogadores não se entreguem de corpo e alma em campo. Até um gentelman como Autuori sabe que se não correr, não suar, não aparecer pro jogo, o time sucumbirá.

Mas por que cargas d’água então o Grêmio é esta caricatura de time? Faltou bicho?

Talvez. Disse o Souza outro dia, lá na aula da Perestroika, que o que motiva de verdade é dinheiro. Será que os jogadores queriam mais que seus salários astronômicos para colocar o Grêmio entre os quatro melhores do Br09?

Se a resposta é sim, tô com a direção. Não pagaria, por motivos óbvios.

Teria faltado, talvez, jogadores mais qualificados? Acho que pra ficar entre os quatro não.
Nos faltou um lateral-direito. Mas Mário Fernandez faz tranquilamente a função. Não comprometeu.

Faltou um lateral-esquerdo, isso sim. Apesar de quatro jogadores da função terem passado por ali (Fábio Santos, Jadilson, Collaço e Lúcio), nenhum deles deu a resposta necessária. Lúcio, a maior aposta, não decolou. Parece receoso com seus joelhos operados.

Nossos zagueiros são bons. Ninguém pode contestá-los. Só acho que Rafael Marques atravessava melhor momento que Léo quando Autuori resolveu efetivar o prata da casa na posição.

Os volantes também são. Adilson não é Lucas, mas sabe fazer a função. Túlio e Rochemback a mesma coisa. Só que nenhum deles foi capaz de ser aquele camisa 5 peleador, que não pára nunca, que não deixa o time adversário jogar, que briga, esperneia, comanda a meia-cancha. ISSO FALTOU.

Faltou também um meia de perna canhota, nem que fosse opção no banco. Alguém que pudesse mudar o jeito do time jogar, uma alternativa pelo outro lado. Tcheco foi burocrático a temporada toda, faltou-lhe a criatividade, a bola em profundidade, o cruzamento preciso.

E do ataque vieram as melhores notícias. Jonas provou que perde, mas faz um monte. E Maxi mostrou-se um atacante de qualidades gremistas, com raça, empenho e gols, com a cabeça e com os pés. Mas faltaram suplentes. Herrera e Perea não estiveram a altura.

Certo é que ano que vem o Grêmio terá três chances de chegar a Libertadores 2011. Se vencer a Copa do Brasil, se vencer a Sulamerica ou se ficar entre os quatro do Br10.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apostas

Colorado tirando onda com Gremista: cena corriqueira

Pois essa foto aí, surrupiada lá do ClicRBS, ilustra o pagamento de uma aposta feita entre os compañeros de seleção vice-campeã mundial sub-20, Giuliano e Douglas Costa. Os piás apostaram um churras, quem perdesse o GRENAL pagava. Adivinha quem tá pagando?

Pois amanhã, no futebol semanal ao qual participam este ser humano e o señor Maurício Tommy Haas, uma aposta também será paga. Atrás da META defendida por este ARQUEIRO, estará uma tremulante e rubra bandeira COLORADA. Quem ganhasse o GRENAL teria a honra de estender o manto sagrado para todos admirarem. Se der coloco uma foto por aqui!

Abraços e o sumiço é temporário (assim como o futebol da dupla este ano). Antes do Papai Noel chegar as coisas estarão normalizadas!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Encontro com o professor

Aí está: demorei, mas escrevi abaixo os principais trechos do que anotei na “aula” do dia 27 de outubro, quando tive este encontro com o professor Dunga em Porto Alegre, numa das aulas do curso Kick Off 2, da Perestroika.

O chamado para a Seleção
Dunga contou detalhes do momento em que foi chamado para treinar a Seleção Brasileira. Disse que não imagina tal convite, achou que, quando o assessor de Ricardo Teixeira lhe telefonou, era para convidá-lo para algum cargo dentro da CBF, não para ser “O” treinador. “Estava jantando com minha família em Porto Alegre. O assessor do presidente me ligou e disse que o Ricardo queria fazer uma reunião comigo. Pediu segredo e avisou que era pra semana seguinte. Desliguei e brinquei com meu filho: ‘vou ser treinador da Seleção’. Rimos e uma semana depois fui ao Rio de Janeiro encontrar o Ricardo. Chegando lá, a primeira coisa que ele me disse: ‘Dunga, pela primeira vez desde que sou presidente da CBF um segredo durou sete dias’. Foi uma atitude normal, mas que me deu moral com o presidente. Fechamos e no outro dia saiu a notícia. Meu filho estava na Bahia. Viu o jornal e me ligou cobrando: ‘pô, pai! Por que tu não me disse nada?’”
Dunga ainda admitiu: “fui escolhido pela minha maneira de ser, não porque era treinador”.

Escalação da Copa
Dunga não deu a escalação com todas as letras, mas pelo que vazou tem os 11 escalados para começar a Copa. Julio César, Maicon, Lúcio, Juan e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Mello, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
Elano, ou Ramires, ou Daniel Alves, são, definitivamente, peças fundamentais no esquema que gosta o professor Dunga. Ele diz que estes jogadores são os homens ideais para a 3ª função do meio-campo. Marcam e armam, além de terem bom chute de fora da área e, nos casos de Elano e Daniel, serem os homens da bola parada.

Outras preocupações com a Seleção
Além de passar os dias assistindo jogos ao vivo ou gravados, convocar, escalar e treinar o selecionado brasileiro, Dunga revelou ter que se preocupar com diversos fatores extra-campo, como a altura do gramado onde a Seleção vai mandar os jogos e com o hino. “Nosso time é rápido, gosta de jogar em velocidade. Pra isso a grama tem que ser baixa. Aí eu peço pra cortar e os caras dizem que não porque na TV vão aparecer as falhas. Não estou preocupado com o que vai aparecer na TV. Quero ganhar o jogo”, disse.
Sobre o hino, Dunga reclamou: “preparo os jogadores para entrarem fervendo, com sangue nos olhos. Aí colocam um artista pra executar o hino nacional numa versão toda melódica. Artisticamente é muito bonito, mas não serve pro jogo. O hino tem que ser tocado por uma banda militar, com toda força que ele merece”, opinou.

Táticas de Dunga
O que ele mais pede é que todos estejam focados na Seleção. Tem que DESEJAR estar lá para estar de fato. Depois, Dunga os põe para jogar. Esta, assim como a pergunta sobre Adriano, tive a oportunidade de fazer para o treinador da Seleção Brasileira. Pedi pra que se levantasse e explicasse no quadro como joga a sua Seleção.
“Eu gosto de duas linhas de quatro e dois atacantes, que é como jogador brasileiro sabe jogar. Este é meu SISTEMA de jogo preferido. A TÁTICA varia de acordo com o jogo. Se sei que o adversário tem um lado mais fraco, vou tentar armar algo por ali”, explicou Dunga. Simples, assim, sem muitas idéias mirabolantes.

Robinho e Kaká
Robinho vem sendo contestado, mas Dunga sequer cogita deixá-lo fora da Copa 2010. “O Robinho sempre me deu a resposta. Quando não foi decisivo individualmente, foi importante taticamente”, disse Dunga. “Ele e o Kaká têm total liberdade dentro do jogo para trocarem de posição. O Robinho, assim como Kaká, joga de meia, segundo atacante e centroavante. Jogador brasileiro tem muito disso. Faz a sua e tem noção de como se faz as outras posições. São muito mais versáteis que os europeus”, analisou Dunga.

Ronaldinho Gaúcho
Por que Ronaldinho Gaúcho não consegue jogar mais o futebol que lhe consagrou? Professor Dunga também tem a sua teoria: “o Ronaldinho perdeu a alegria das coisas simples. Hoje ele não pode ir ao restaurante, não consegue ir shopping sem ser rodeado de gente. E isso afeta ele dentro de campo. Se tu não estás bem fora de campo, dentro de campo não vais estar também”, comentou.

Adriano“Cheguei e conversei com Adriano, pedi pra ele maneirar. Se vai pra festa, vai devagar, não vai todo dia, se comporta. Não toma cinco cervejas, toma duas. Não pega 10 menininhas, pega cinco. Não estou pedindo pra parar – não seria louco de fazer isso – só estou pedindo pra se controlar. E outra: na Seleção, ele é o cara que tenho que tirar do treino, se não fica até de noite”, confidenciou.

Começo suado
Uma namorada ou dois sanduíches
Quando começou no Internacional, aos 14 anos, Dunga cultivava o hábito de treinar ao meio-dia, com um saco sobre o corpo, que era pra aumentar a dificuldade e o suador. “Nos finais de semana, o Inter nos dava dois sanduíches pra passarmos sábado e domingo. Os guris mais abonados iam pra casa. E nós ficávamos. Ficava e roubava a comida deles de dentro dos armários. Virava armário, fazia furo atrás. Limpava. Tinha uma época também que a gente jogava na várzea pra fazer uma grana. Depois, tinha a tática de arrumar uma namorada. Aí, no domingo, ia almoçar na casa dela e levava mais uns quatro jogadores juntos. Assim fomos nos virando”, contou Dunga em meio a risos.

Na balada com roupa consignada
O professor também aprontou umas boas. Quando ainda não tinha dinheiro para comprar roupas novas para freqüentar as festas em Porto Alegre, ia nas lojas, pegava roupa em consignação, usava na noite, depois devolvia.

Pênalti de 94
Dunga foi o quarto cobrador na sequência de batedores brasileiros na final dos pênaltis em 94, contra a Italia. Não era batedor oficial do time e não sabia que seria relacionado por Parreira para as cobranças. Caminhando em sua direção, Parreira chamou: “meu capitão”.
“Gelei na hora. Mas aquele pênalti é o resumo da minha vida. Em 90, quando perdemos, a Era Dunga, tudo aquilo veio na minha cabeça. Numa noite depois de 90, tomando cerveja com meu pai, disse pra ele que precisa de mais uma chance. Uma só. E então veio aquele pênalti em 94. Era o momento de reverter a minha história. Saí do meio de campo, fui caminhando e rezando tanto que estou pagando promessa até hoje. Estava 100% concentrado, não escutava nada. Se não ganhássemos aquela Copa, acho que eu não voltava para o Brasil”, contou.