terça-feira, 12 de abril de 2011

Inter acerta ao contratar Falcão


Um pouco do que eu ia DEDILHAR nos teclados, o editor-chefe do Grenalzito já fez no post mais abaixo. Ter um ídolo por perto, perto mesmo, influenciando diretamente no mais importante, o time, é muito foda. É muito bão.

Até começar a perder jogos, claro.

Mas o que tenho pra escrever é o que justifica o título. O Inter acerta ao contratar o Falcão. Não só pela euforia e pelo pacto que se cria entre torcida e time, o que sempre é gás, pólvora para empurrar a squadra na cancha, mas porque Falcão sabe muito deste troço chamado CALCIO.

E pra derrubar os desentendidos, como Sócrates, que disse que não era um acerto porque o Falcão não é treinador há muito tempo, e que no tempo que foi não deu certo, lembro que em 16 anos as pessoas mudam e, um quéra como o Falcão, geralmente muda pra melhor.

Depois de deixar todo meu orgulho gremista de lado, apincho a modéstia na lata do lixo pra lembrar que tive uma aula com o agora técnico do Inter. Foi nos idos de 2009, e lembro que ele falou que tinha muita vontade de voltar a ser treinador.

“Em tudo que trabalhei até hoje, tive relativo sucesso. Fui bem como jogador, montei uma grife que fez sucesso, e hoje me dou bem como comentarista. Como treinador, não fui tão bem, mas sei que posso fazer isso bem”, foi uma das primeiras frases cuspidas por ele naquela noite.

Aí contou que o pai era caminhoneiro, a mãe costureira, que pegava dois ônibus com 11 anos pra ir treinar no Inter, que levava pão com nata pra comer no RECREIO, e que jogava na várzea de Niterói, em Canoas, na região metropol de POA.

Também lembrou que queria muito atuar pelo no Nóia, e estudar psicologia na facul. Jogava na meia esquerda. E quando se deu conta estava jogando as Olimpíadas de 72 pela Seleção Brasileira. O resto da história é bem batida. Vocês sabem de cor e salteado.

Importante mesmo são as ideias de futebol que Falcão revelou, o que mostra que, com o elenco que o Inter tem, o time só não vai jogar bem se os boleiros não entenderem o que o patrão vai falar. Suas referências de time são a Holanda de Rinus Michels e o Inter e o Grêmio de Ênio Andrade, principalmente porque eram equipes que ganhavam, e ganhavam bonito, e entraram pra história não só por empilhar DOIS pontos sobre DOIS pontos (corrigido às 13h26 de quarta-feira, 13 de abril de 2011), mas por mostrar pra todo mundo como se joga bola de verdade.

Falcão gosta de times que jogam com duas linhas de 4, e 2 atacantes, para alegria de vocês e desespero do Roth. Vai treinar seu time com as linhas jogando próximas, com cerca de 15 metros de distância uma da outra, compacto.

Quer que seu time se imponha. “Futebol é imposição”, disse. Quer o Guiñazu chutando a gol, jogando igual ao Lampard, ou ao Gerard.

Por fim, minhas anotações revelam as seguintes palavras:

+ Economia – Empreendimentos, opinião
+ Agricultura – regional
+ Futebol – minha coluna

Fiquem a vontade e me ajudem a descobrir o que eu quis lembrar um dia com isso.

No mais, não me lembro e não anotei mais nada.

5 comentários:

Fabio - Arena Vermelha disse...

Mau,

no momento em que deixa de lado tua paixao pelos times de divisão de acesso - ou clube MINUSCULOS, conforme avaliou uma conceituada revista, esses tempos - escreve pra caralho.

Baita texto.

E tomara que nesses 16anos, tenha mudado para melhor mesmo.

Abraço

Felipe, o Incrédulo disse...

Porto Alegre é que está situada na GRANDE CANOAS, e não o contrário, por favor;

Os times do Seu Ênio e do Seu Rinus empilhavam DOIS PONTOS sobre dois pontos, pois era o sistema da época;

Anotações do final dizem TUDO, só não entende quem não toma ácido!

Ps.: quem é esse cara aí que escreveu???

Abraços!

mau disse...

porra, o cara vem me corrigir com esse negócio de 2 pontos. vai se fudê, meu! (Pimpolhho, DR.)

Felipe Taffa disse...

ô mau-furão, jogo hoje as 19:00 e sexta as 18:30...

Se tiver INTERESSA, comunique...

Sem mais,
Falcone

Mau Haas disse...

hoje tô dentro, sexta to viajando fisicamente.