sexta-feira, 26 de novembro de 2010

26/11 ||| Imortal Tricolor

Segura essa, Beltrami!

Os co-irmãos teimam em desmerecer nossa Batalha dos Aflitos, aquele dia que o Grêmio fez valer sua alcunha de Imortal e se colocou na história por ganhar um campeonato com apenas sete jogadores em campo no jogo final.

Ganhar a Série B nunca foi mérito algum para um time do tamanho do Grêmio. Como não foi para Palmeiras, Corinthians e Atlético-MG. Era obrigação.

Mas ninguém pode negar o feito épico de o Tricolor ter vencido aquele jogo com SETE em campo. Ninguém.

Nenhuma alma em sã consciência deveria desmerecer aquilo. Pênalti contra, quatro a menos, 10 minutos de jogo apenas. Era impossível ganhar, convenhamos.

Mas o Grêmio, o Imortal Grêmio, fez valer a camisa, deu peitaço no árbitro, invadiu o campo, ameaçou acabar com tudo, catimbou como poucos argentinos poderiam catimbar. Armou um tendeu jamais visto numa partida de futebol. E fez um resultado inacreditável, escreveu uma história única. E outra, o Grêmio daquele ano era um time medíocre tecnicamente. Tinha só Ânderson e Lucas que se salvavam, mas tinha alma espartana.

Por isso, acontecesse o que aconteceu numa pelada de casado contra solteiros, mereceria DVD, livro, disco da trilha sonora.

Hoje faz cinco anos. 26 de novembro. Data histórica. Épica. Inacreditável. O dia da raça gremista. O dia da imortalidade. Dia eterno.

Lembro que pouco pude ver daquela partida. Tio Gelson, gremista também, teve que fazer a festa de aniversário da minha prima de 7 anos naquele sábado. Coitadinha da criança, não sabia que as atenções de sua festa ficariam em segundo plano.

Eu e meu outro tio, o Edinho, levamos uma TV pra festa. Armamos ela do lado de fora da casa, no estacionamento, e pra lá volta e meia nos dirigíamos para ver como estava o jogo. Imagina a agonia.

Festinha rolando, daqui a pouco vem alguém e diz que o Náutico acabara de perder um pênalti. Era o primeiro, ainda na etapa inicial.

Mais tarde vem todo mundo para dizer:

- Pênalti pro Náutico e Patrício (ou o Domingos, não lembro) foi expulso.

Não acreditei. O Escalona já tinha sido expulso! E pênalti pra eles, de novo! Estávamos na merda.

Comecei a pensar em tudo que eu teria que agüentar. Mais um ano de segundona, de gozações, de campos ruins, times ruins, jogos nas terças e sextas. Enquanto isso Djalma Beltrami ia expulsando a rodo os jogadores do Grêmio. Não, não, não. Não merecia tal desgosto.

Todo aquele furdunço em campo e eu não quis ver mais nada. Saí de perto da TV. Fiquei esperando o pior.

Até vir todo mundo outra vez, gritando e pulando, e comemorando.

- O Galatto pegou! O Galatto pegou!

E segundos depois veio mais meio mundo:

- O Grêmio fez um gol! O Grêmio fez um gol! Ânderson! Milagre! Milagre!

Sandro. Espartano. Pelejador!


Estátua pra ele

Um cometa! Um fórmula 1!

2 comentários:

Felipe Conti disse...

E nesse dia eu levei meu irmão, de carro, pra festejar...

Puto da cara, querendo matar o KUKI, mas levei ele mesmo assim... Merecia, afinal. Voltar do inferno é algo sempre memorável.

Abraços!

Fabio - Arena Vermelha disse...

ahaiuhaiuahiahaahiahiauuhaiaha

"Os co-irmãos teimam em desmerecer nossa Batalha dos Aflitos, aquele dia que o Grêmio fez valer sua alcunha de Imortal..."

nunca desmereci, mas q eh engraçado, eh...

afora a corneta, baita texto e boa a lembrança...

e nautico nao eh time... eh varzea

abraço